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Foto do escritorEdu Brisa

O HOMEM-MEGA-FONE - Salve o Teatro de Grupo!

O Homem-Mega-Fone texto teatral de autoria de Edu Brisa, concebido no Seminário de Dramaturgia do Arena, sob a tutela do Mestre Chico de Assis no ano 2009, ganha agora em 2019 sua primeira Montagem.

Contemplado no EDITAL PROAC Nº 01/2018 – PRODUÇÃO DE ESPETÁCULO INÉDITO E TEMPORADA DE TEATRO;

Estreamos 04 de Maio de 2019 na SEDE CTI - Rua Oti, 212 - Vila Ré - ZL de São Paulo.

Temporada Quintas, Sextas e Sábados às 20hs.

Até 29 de Junho!


Este blog é um canal para que possamos compartilhar nossa investigação na criação de O HOMEM-MEGA-FONE. É o nosso caderno de trabalho.

Com a Palavra Edu Brisa,


O HOMEM-MEGA-FONE

Salve o Teatro de Grupo!


O Mestre Dramaturgo, Chico de Assis, entre tantas outras coisas, sempre dizia assim: “A pessoa não morre, ela se muda pra dentro da gente”. Referindo-se a Augusto Boal, Zé Renato, Lélia Abramo e tantos outros que ele dizia serem “os fantasmas do Arena” que ele carregava dentro dele. Assim, entre as histórias contadas pelo Chico, desde o processo de montagem de “Eles não Usam Black Tie”, “Chapetuba Futebol Clube” e tantas outras, nasceu “O HOMEM-MEGA-FONE”, isso lá no ano da graça de 2009. Como não poderia ser diferente esse texto traz muito dos nutrientes que fazem parte do história do arena e do Teatro Brasileiro. Eu, enquanto autor ficava feliz e preocupado com a concepção do texto que semana após semana tinha suas cenas lidas pelos Chico e debatida pelo SEMINÁRIO DE DRAMATURGIA DO ARENA, cada vez que uma cena fica boa, e eu estava liberado para escrever outra, eu tinha de dar um salto no abismo. E foi assim com o frio na barriga constante, querendo aprender e aprendendo que o junto com um monte de cabeças provocadores e sobretudo a do Chico de Assis que sempre me encorajou a mergulhar mais fundo, que o texto foi escrito. No final o Chico disse: “O Edu, não é um dramaturgo, ele é um autor. O Autor é aquele que tem o sentimento do mundo”. Escrever esse relato agora, só reforça a tese do Chico de que as pessoas não morrem. Nem as pessoas, nem os sonhos e nem o belo, a arte, a filosofia, o pensamento. E o Teatro tem a incumbência de carregar e jogar luz em todas essas coisas. - Salve Chico de Assis!





O HOMEM-MEGA-FONE esperou dez anos para ir à cena, cumprir sua sina de ser teatro, sem mais que texto, ser matéria, ser ação, ser prática. O teatro popular, que fala sobre a gente do Brasil, colocando em cena as pessoas comuns, é sobre o povo e para o povo.

Num processo curto, mas intenso mergulhamos guiados pelas mãos de pensamentos de Carol Guimaris que vem aqui realizar sua primeira direção e traz para o texto e para o trabalho da CTI um frescor e uma delicadeza e uma inventividade que engrandece muito nosso trabalho - Salve Carol Guimaris!

A estética do povo, das ruas, da sucata, dos catadores deu vida à encenação e à música. Fernando Alabê vem na direção musical, colocando a gente para reinventar utilidades para tambores, pneus, galões, madeira, bacias que viraram cenário e agora o cenário vira instrumentos musicais. Fez se a Música! E essa música é um dos pontos mais fortes da peça, uma camada de beleza que foi trazida à toa graças a parceria de um mestre! - Salve Fernando Alabê!

Mais uma vez tivemos a glória de termos a preparação corporal e vocal de Carlos Simioni, ensinamentos pra vida toda. Para aguentar o tranco de uma encenação robusta e uma musicalidade dinâmica, só mesmo com o copo poderoso em cena, estamos melhorando essa condição corporal e podendo exercitar toda semana, aos poucos estamos tinindo. - Salve Carlos Simioni

Tivemos as participações de Stephanie Luna e Credo nas ilustrações e grafites no cenário, uma nova camada poética e crítica que dá um aprofundamento tridimensional nosso trabalho, a peça fala do poder da voz e da necessidade de ampliar a voz do povo, com a chegada dessa dupla temos também no cenário uma polifonia. - Salve Stephanie! Salve Credo!

Na criação da identidade visual do nosso material gráfico, tivemos como em outros trabalhos a Cabeça mirabolante de Macalé, um filósofo da imagem, trazendo mais uma voz que dialoga e amplia o discurso cênico. Tivemos Giba Freitas na captação de imagens e criação de Teaser, mais um olhar agregador no projeto. E os registos fotográficos da estreia foi pelo olhar de Jessyca Biazini - Salve Macalé! Salve Giba! Salve Jessyca Biazini!


No elenco o núcleo da CTI, alguns desde 2009 já estavam presentes, Cris Camilo, Geovane Fermac e Edu Brisa, juntos tentamos diversas vezes realizar uma montagem desse texto que sempre nos pareceu urgente, mas tudo tem seu tempo, me parece que hoje ele faz ainda mais sentido. Hoje o núcleo conta com as presenças de Harry de Castro e Gustavo Gonçalves Guimarães que nos últimos tempos, juntos, tentamos e finalmente conseguimos uma possibilidade de realizar esse trabalho de maneira digna e sem precarizar o fazer, as relações e tempo. E por fim temos o gosto de receber dois atores, Henrique Cardim e Marcos Di Ferreira, para compor com a gente, para trocar, trazendo suas bagagens, suas sensibilidades, seus modos de lidar com o trabalho e sobretudo suas vozes que ecoam nesta peça, somadas às nossas! Foi preciso muita dedicação de todes nós para realizarmos tudo o que nos foi exigido da encenação, da musica, do texto, do convívio, nesta criação tão intensa. Fizemos nossos figurinos, ajudamos a pensar o espaço cênico. A iluminação assim como o cenário e a música se utiliza de sucatas como suporte, pensada por Gustavo e Geovane e que teve uma mão forte na execução do Henrique. Trabalho de grupo, amigos, trabalho de grupo! E contamos também com as habilidades de gentilezas do Thapyóka que fez as arquibancadas e recebeu o público na estreia e muitas outras apresentações. Juntos somos mais fortes!! - Salve Cris Camilo! Salve Geovane Fermac! Salve Edu Brisa! Salve Harry de Castro! Salve Gustavo Guimarães! Salve Henrique Cardim! Salve Marcos Di Ferreira! Salve Thapyóka!

Não podemos esquecer a contribuição de Mariane Lima que trouxe muito público e nos prestigia toda semana!! - Salve Mariane Lima!

Somos gratos a todes que vieram, prestigiaram e dividiram com agente um tempo de vida! - Salve o Público!!!


Nossa temporada de 24 apresentações finda-se sábado dia 29 de Junho, do ano da graça de 2019, dia de São Pedro. Realizar uma temporada num espaço descentralizado, na Vila Ré é mais que um trabalho, é um ato político, de resistência e de fé na arte e na cultura que nos cura! Parecia pouco provável termos público para tantas apresentações, mas tivemos, uns dias mais, outros menos, mas tivemos e teremos nessas últimas três apresentações dias 27, 28 e 29 de Junho às 20hs, se ainda não veio, venha, vale a pena! Estamos solidificando nosso trabalho na vila Ré, nossa SEDE é potente e é reduto de cultura, arte e pensamento, somos gratos e continuamos trabalhando forte para que ela permaneça viva, acolhendo e difundindo cultura aqui na ZL!

Tá acabando,

Mas ainda tem!

Vem que você ajuda a fortalecer!



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