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Foto do escritorEdu Brisa

Dois grandes que nos engrandecem!!

O Homem-Mega-Fone texto teatral de autoria de Edu Brisa, concebido no Seminário de Dramaturgia do Arena, sob a tutela do Mestre Chico de Assis no ano 2009, ganha agora em 2019 sua primeira Montagem.

Contemplado no EDITAL PROAC Nº 01/2018 – PRODUÇÃO DE ESPETÁCULO INÉDITO E TEMPORADA DE TEATRO;

Estreia 04 de Maio de 2019 na SEDE CTI - Rua Oti, 212 - Vila Ré - ZL de São Paulo. Às 20:00hs.

Este blog é um canal para que possamos compartilhar nossa investigação na criação de O HOMEM-MEGA-FONE. É o nosso caderno de trabalho.


Hoje às vésperas da Estreia temos a honra de colocar lado a lado, nossos dois Atores convidados para essa aventura!

Henrique e Marquinhos!

Não é fácil chegar num trabalho novo com gente nova e uma estrutura que já funciona e pegar o bonde. Mas eles pegaram!


Aqui as palavras de dois grandes artistas que engrandecem nosso trabalho!




Henrique Cardim:

É uma honra participar deste espetáculo da Cia. Teatro da Investigação, pois sei que é um sonho antigo deste grupo, de um pouco mais de uma década, realizar a montagem O HOMEM MEGA-FONE.

Conheci a CTI em 2017 e fiquei encantado com o trabalho da Companhia, que é voltado para o teatro popular, trazendo as artes cênicas com a característica de um grande festejo popular que encontramos no seio do povo brasileiro.

Para este projeto, posso dizer que a CTI, conhecida pelo envolvente Teatro Baile, não convidou somente um artista de teatro para fazer parte da realização do sonho de montar essa peça, mas sim chamaram um grande fã.

Aqueles que vierem ver o espetáculo O HOMEM MEGA FONE vão ver e sentir que estão na Casa de um grupo festeiro, que festeja o teatro, a arte, a vida, colocando em evidência nas cenas o protagonismo das pessoas comuns. Quem rouba e inspira a cena aqui é o povo brasileiro que enfrenta as adversidades do dia-a-dia e ainda consegue converter o suor, a dor, a luta em festa e poesia. Viva o Teatro Baile!

Att: Henrique Cardim

Ator, Palhaço, dramaturgo e diretor teatral da Cia O Castelo das Artes.







Marcos di Ferreira


Dos encontros possíveis


A vida nos possibilita encontros e este começou há alguns anos quando recebemos o C.T.I na Mostra Inventiva com o espetáculo “Casa de Farinha”. Eles fechavam a programação daquela noite e foi um dos encontros mais potentes para todos da Cia dos Inventivos. Estávamos estudando o “ator performance” e o que vimos naquele espetáculo eram as respostas de todas as nossas interrogações, a partir daí, para mim, foi amor e admiração que foi se "achegando" mais quando deixamos nosso carro cenário na sede destes incríveis.

Quando me convidaram para esta montagem, foi um misto de alegria, gratidão e curiosidade para vivenciar o processo de montagem de Homem Megafone, foi um dos processos mais generosos com a querida atriz do grupo e estreante diretora Carol Guimaris.

Foram dias intensos de descobertas e treinamentos, ela sempre com um olhar de tranquilidade para a cena, ela na verdade já tinha o traço geral da encenação, e com sua calma nos deixava solto para improvisar no espaço já delimitado.

Foram tardes maravilhosas, cada dia uma descoberta, dentro desse coletivo afetuoso, já que estava saindo pela primeira vez do meu círculo de atores de mesma formação e me desafiava com esses potentes artistas.

O texto do Edu Brisa é tão objetivo que não senti em momento algum, vontade de problematizar como "ator criador" termo que apreendi na Escola Livre de Teatro e que carrego para onde vou. Edu tem uma escrita inteligente, mas pede corpos inteligentes e ágeis para dizê-lo, o que a C.T.I já sabia muito bem quando chama o mestre Simioni(Lume Teatro) para atualizar a responsabilidade de estarmos em cena com o corpo "engajado". Foram 3 dias de trabalhos intensos, onde entendemos que a fala tem que acompanhar o corpo, forte e sem dúvidas na sua projeção. Neste ponto sentimos como nossa arte também é de responsabilidade com nós e com o público, e foi também neste momento que me conectei mais ainda com meus colegas da cena, estes sempre muito generosos comigo e às vezes exigentes como o teatro deve ser.

E por fim vocês veem o fruto de um trabalho que surgiu do sonho de um, que possibilitou o encontro com outros e está fricção gerou neste mais novo espetáculo e olhem que alegria a minha, estou aqui no grupo que me identifiquei de cara quando os vi.

Que alegria este momento. Viva!



Marcos di Ferreira

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