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  • Foto do escritorEdu Brisa

Memórias e Estreia

O Homem-Mega-Fone texto teatral de autoria de Edu Brisa, concebido no Seminário de Dramaturgia do Arena, sob a tutela do Mestre Chico de Assis no ano 2009, ganha agora em 2019 sua primeira Montagem.

Contemplado no EDITAL PROAC Nº 01/2018 – PRODUÇÃO DE ESPETÁCULO INÉDITO E TEMPORADA DE TEATRO;

Estreamos 04 de Maio de 2019 na SEDE CTI - Rua Oti, 212 - Vila Ré - ZL de São Paulo. Às 20:00hs.


Temporada Quintas, Sextas e Sábados Às 20hs. Até 29 de Junho!


Este blog é um canal para que possamos compartilhar nossa investigação na criação de O HOMEM-MEGA-FONE. É o nosso caderno de trabalho.




Com a Palavra a incansável Cris Camilo!!!


Diário de Bordo – Memórias e Estreia “O Homem-Mega-Fone”

CTI – Cia Teatro da Investigação 04 de Maio/2019

Não lembro o dia, o mês e muito menos o ano exato. Talvez 2009 ou 2010. Devia ser um dia de semana pois nesta época eram os dias mais fáceis de escapar do trabalho para correr e ver os amigos.

Adentrei ao Teatro Arena esperando ver mais um texto do amigo Edu Brisa carregado de enigmas e regado a muita simbologia. Lembro do Mestre Chico de Assis tecendo comentários sobre a essência, o poder e importância daquele texto para a dramaturgia.

O texto era dinâmico, crítico, ácido. No papel do “Menino” a atriz Maura Hayas, e ela surpreendia interpretando um menino carregado de certa malandragem, mas também repleto de uma ingenuidade muito verdadeira. O contexto do experimento provocava uma sensação de perversidade que permeava o ambiente e a maioria dos personagens, com exceção do “Menino” que emanava uma certa esperança. Foi ali no Arena que nasceu “O Homem-Mega-Fone”, aos olhos do querido e grande mestre Chico de Assis.

O momento que começamos a conversar sobre a montagem do “O Homem-Mega-Fone” só o universo sabe. Mas começamos a falar, a dialogar sobre. Primeiro no Parque do Ibirapuera. Fomos ver alguma exposição que também não me lembro qual era, por algum motivo não vimos e ficamos por ali, na lanchonete, divagando sobre uma possível montagem. Posteriormente os encontros passaram a ser na casa do amigo e sempre parceiro “Dão” (Anderson Negreiro). Nessa época tentávamos a aprovação da lei Rouanet para viabilizar a montagem. O projeto foi aprovado, o financiamento não veio, perdemos alguns parceiros queridos pelo caminho, outros chegaram. O centenário de Luiz Gonzaga acabou por nos afastar indefinidamente do texto. Foram muitos acontecimentos nesse período, e acabamos por guardar O Homem-Mega-Fone para outro momento.




A notícia da contemplação do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo veio depois de 9 anos, quando estávamos fazendo o que mais gostamos, correndo o mundo com nossa arte. Foi lá em Presidente Prudente que recebemos a grata notícia. E foi uma alegria só. Pulamos, gritamos, brindamos, comemoramos!!

E enfim “é chegada a hora e a vez”. Por todo percurso até aqui que talvez o dia 04 de Maio tenha sido um dia tão especial, marcante, cercado de simbologia. Não vou me ater sobre a reflexão provocada pelo texto, isso seria pauta para outro longo escrito. Vou me ater ao embarque nessa trajetória que pacientemente foi gestada por 10 anos na CTI até ganhar o palco.

Começar a levantar esse espetáculo em fevereiro foi um desafio, um misto de alegria, suor, inquietação, transpiração e principalmente de amor e troca. Durante o processo tivemos a direção generosa da Carol Guimares que nos deu a oportunidade de criar e brincar livremente. Tivemos uma preparação musical genial, por parte do parceiro Fernando Alabê. Tivemos a preparação corporal e vocal com nosso eterno e querido parceiro Carlos Simioni.

A estreia trouxe um frio enorme na barriga, mas ver a casa cheia e cheia de rostos amigos, trouxe aquela sensação de acolhimento e de força. Ganhamos potência. De repente virou uma troca de amor e de vibrações da mais pura sinceridade. E foi tão lindo e especial. Foi dia de trocar e falar de afeto, de generosidade e de encontros.

Lembrar de tudo isso fazem os olhos encherem de lágrimas, mas de alegria, de saudade dos parceiros que seguiram outros caminhos, do processo, da vida, do percurso. Fez lembrar o mestre Chico de Assis que partiu e não teve a oportunidade de ver “O Homem-Mega-Fone” sair do papel, logo ele que viu nascer essa semente, logo ele que foi o primeiro nome para a direção do espetáculo lá atrás, logo ele que tanto contribuiu com as investigações da CTI. Fica aqui nossa saudade e agradecimento!

E seguimos fortes pois como já disse alguém, não somos feitos de açúcar. Somos feitos de rapadura!

Por fim deixo aqui o nosso agradecimento a todos amigos e parceiros.

(Alabê, Carlos Simioni, Stephanie Luna, Macalé, Credo, Thapióka, Cia Rosas Periféricas, Cia Flor do Asfalto, Cia Inventivos, Trio Marrom, família, amigos e tantos outros que estiveram presentes nesse momento tão especial e significativo).

Viva a arte, a vida, os encontros, os parceiros! Viva!!!



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